Filho de Marote remete-se ao silêncio
O artigo 134.º do Código de Processo Penal (CPP) permite-o e foi esse o motivo por que, ontem, Roberto Marote não prestou depoimento, como testemunha, no caso que está em julgamento no Tribunal de Vara Mista do Funchal.
Roberto Marote era a 48.ª testemunha arrolada pelo Ministério Público (MP) no âmbito do processo de eventual prática dos crimes de peculato, abuso de poder e participação económica em negócio em que está envolvido o ex-vice-presidente da CMF, Rui Marote e mais três co-arguidos.
Sem o depoimento de Roberto Marote, sócio da 'woodpaint' e da 'Placar Vertical' (esta última fornecedora de equipamento desportivo ao União que a CMF pagou -101.962,09 euros- permitindo que a empresa obtivesse lucros de 490%), a audiência de ontem foi ocupada a ouvir as últimas testemunhas de acusação.
Entre elas Henrique Costa Neves (actual vereador do ambiente da CMF) e Arnaldo Barros (economista, dirigente da ASSICOM e do Clube de Futebol União desde 89).
Costa Neves explicou os contornos que levaram ao afastamento da engenheira/arguida como chefe de divisão do departamento de ambiente e Arnaldo Barros explicou em que contexto aconteceu a reunião de dirigentes do União com o vereador Rui Marote para pedir apoios para o clube.
O MP prescindiu de ouvir um gerente da 'Woodpait' e falta ouvir o sócio gerente da 'Zarquimad' e actual deputado do CDS-PP na Assembleia Legislativa, Lino Abreu. Para o ouvir na qualidade de testemunha, já no decurso do julgamento que começou a 8 de Março último, o Tribunal pediu autorização à ALM que ainda não chegou.
O julgamento continua a 11 de Maio com a audição das primeiras testemunhas de defesa.
Fonte : DN
Sem comentários:
Enviar um comentário