A inauguração de um monumento, ontem à tarde, na Avenida do Mar, em frente à Praça da Autonomia, marcou o início das celebrações do 58.º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP), que este ano se comemora na Madeira.
Um acto que teve a presença do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, e do chefe do Estado-maior da Força Aérea Portuguesa, general Luís Araújo, que em conjunto procederam à inauguração daquela figura escultórica.
Na oportunidade, o presidente do Governo Regional destacou a importância que a FAP assume para todo o país e muito em particular para a Região Autónoma da Madeira, atendendo à sua condição de arquipélago. Não só em termos da sua função de defesa territorial, mas também em missões de salvamento de pessoas, como sucedeu aquando do temporal que fustigou a Madeira a 20 de Fevereiro deste ano. Uma intervenção que, vincou Jardim, "foi imediata, pronta e eficaz", merecedora do agradecimento de todos os madeirenses.
Em jeito de agradecimento aos elogios feitos por Alberto João Jardim (que a dada altura do discurso dirigiu-se em inglês aos muitos turistas que assistiam à inauguração), o chefe do Estado-maior da Força Aérea Portuguesa aludiu à condição de "instituição de missão e de serviço" assumida pela FAP, considerando que, não obstante essa obrigação, o reconhecimento público é um importante incentivo "para fazermos ainda melhor".
O general Luís Araújo justificou ainda que este monumento constitui "o perpetuar de uma homenagem ao povo madeirense e à diáspora", evocando "o seu espírito de sacrifício, a sua abnegação e a sua luta".
As comemorações da FAP, que ontem contemplaram ainda o lançamento de um livro sobre 'Aviação na Madeira' e a inauguração de uma exposição na Escola Francisco Franco, prosseguem hoje com uma exposição estática de aeronaves no Aeroporto da Madeira, palco também, a partir das 17h30, de uma demonstração área dos Rotores de Portugal.
Julho de 1955: primeiros madeirenses ingressam na força área portuguesa
No próximo mês de Julho, faz 55 anos que José Manuel Oliveira (na foto, o segundo a contar da direita na fila de baixo ) ingressou nos quadros da Força Aérea Portuguesa (FAP). Conjuntamente com outros dois jovens, todos na casa dos 20 anos, eles foram os primeiros madeirenses a integrar aquela força militar, que fora criada precisamente três anos antes (1952).
Durante os quase três anos em que esteve na FAP, com a especialidade de técnico de aviões na esquadra de manutenção, José Manuel Oliveira passou pelos base aéreas de Sintra, Tancos e Ota, tendo nesta última tirado o curso de mecânico de jactos, então ministrado por técnicos norte-americanos.
"Foi uma experiência muito interessante, que me deixou agradáveis recordações", vinca o madeirense, hoje com 75 anos. Tanto assim é que
José Manuel Oliveira, que acabou por fazer a sua vida profissional como técnico de máquinas de contabilidade, confessa-se "arrependido de não ter continuado nos quadros da FAP".(DN)
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