Os banhistas da Praia Formosa foram ontem confrontados com uma poluição no mar ao longo da costa, dando origem a uma operação de limpeza por parte da Frente Mar, da Polícia Marítima, Portos e da Capitania do Funchal. A Polícia Marítima deu início a uma investigação para apurar o responsável por aquela descarga que causou grandes transtornos aos complexos balneares da Praia Formosa e Ponta Gorda.
Águas conspurcadas nos mares da Praia Formosa, ontem, de manhã, deram origem a uma operação conjunta entre a Frente Mar, Polícia Marítima e Capitania, com o propósito de proceder à limpeza e apurar o autor por aquela poluição.
Ricardo Nunes, responsável pela Frente Mar, encontrava-se mais satisfeito ao final de um dia de trabalho constante por parte destes serviços e da Polícia Marítima, com várias embarcações na água e outros elementos em terra para que “os mares oferecessem o mínimo de condições aos banhistas”.
O alerta partiu dos próprios utentes daquela praia que, logo pela manhã, foram surpreendidos com as águas conspurcadas a tornarem bem patente sacos de plástico e detritos ao longo da costa, provenientes eventualmente de descargas, revelando um perigo para a saúde pública.
Um grande número de banhistas recusou-se pisar as águas do mar naquelas condições mas, mesmo assim, houve outros que não prescindiram de um mergulho.
Ricardo Nunes sublinha a prontidão dos serviços desde o momento em que a informação chegou à Capitania. “Felizmente a maré quando desceu arrastou parte da poluição para trás, o que facilitou em parte a operação de limpeza em terra. Neste momento decorre um inquérito da competência da Polícia Marítima e da Capitania do Funchal para saber quem é o infractor”, confirmou Ricardo Nunes, na esperança que este seja encontrado uma vez que “não é a primeira vez que acontece uma situação do género”.
A poluição foi encontrada entre o Gorgulho, Ponta Gorda, Praia Formosa, e para além dos Socorridos, “tão espalhada que dificultava a origem da mesma, pressupondo-se que a descarga tenha sido efectuada a Oeste do Funchal”, frisou, adiantando que ao final do dia teve conhecimento que o autor ainda era desconhecido.
“Foi uma tarefa árdua numa operação que foi tentar combater o máximo e envolver todos os meios possíveis ao longo do dia, interditando pontualmente as zonas em que decorriam as acções de limpeza”, finalizou Ricardo Nunes com o propósito de devolver o mais rapidamente possível a normalidade naquela praia que tem sido uma das mais preferidas dos madeirenses, e de turistas, tendo em conta a sua dimensão e a grande quantidade de areia que, este ano, após as intempéries, parece que veio para ficar.(JM)
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