As elevadas temperaturas propícias para os incêndios e reacendimentos vão continuar até amanhã. A previsão do Instituto de Meteorologia dá conta de pequenos aguaceiros na terça-feira e na quarta. Entretanto, os fogos continuam a devastar as serras sem que os bombeiros possam pôr termo. A ausência do vento ajuda, em parte, a diminuir a propagação rápida do fogo.
Os bombeiros da Ribeira Brava foram ontem confrontados com três fogos em mato, dois deles na Ponta do Sol (Canhas) e um outro nas serras do Espigão, São Paulo. Este último surgiu de manhã nas zonas mais altas sem que os bombeiros tivessem possibilidades de chegar junto do fogo, cingindo-se a efectuar vigilância em consonância com a Polícia Florestal. Um fogo que revela ter origem suspeita uma vez mais.
De tarde, esta mesma corporação reuniu duas equipas, uma delas (três elementos e um carro) para o sítio do Carvalhal, e outra (nove elementos e três viaturas) para o sítio do Pinheiro, nos Canhas, com vista a debelar fogos em mato que surgiram naquelas localidades na parte da tarde. De acordo com informação do Serviço Regional de Protecção Civil, o primeiro, em mato, terá começado por volta das 14.30 horas, e o segundo, fogo florestal, às 15.50. De referir que este último tinha sido extinto na parte da manhã pelos bombeiros. Ao final da tarde, os bombeiros continuavam o combate às chamas em ambos os casos, com mais preocupação no sítio do Carvalhal já que o fogo estava próximo de residências.
Ontem, pelas 17.10 horas, os bombeiros de Machico avançaram para o sítio da Bem Posta, Água de Pena, para apagarem um fogo em mato neste local. Para o efeito, os bombeiros destacaram sete elementos e duas viaturas.
No Funchal, para além das acções de patrulhamento nas serras, os “Municipais do Funchal” voltaram novamente ao Monte devido a reacendimentos, pelas 16.05 horas, mobilizando para o local cinco homens e uma viatura. Horas antes e pelas mesmas razões, mais precisamente às 13.26 horas, a mesma corporação reuniu mais seis elementos com apoio de duas viaturas e avançou para o sítio das Lajinhas, Monte, para pôr fim a um reacendimento.
Já em São Vicente, de acordo com informação do SRPC, havia dois fogos em curso às 17.30 horas, um para os lados do vale de São Vicente e outro no sítio dos Cardais. No primeiro, em mato, os bombeiros tinham no local três elementos e uma viatura e no segundo, fogo florestal, seis homens e duas viaturas.
Relativamente a incêndios anteriores, o Serviço Regional de Protecção Civil informa terem sido extintos fogos na Ribeira das Cales, no Carvalhal, Canhas, na Estrada Regional 103, Funchal, e no Parque Industrial do Garachico, em Câmara de Lobos.
Por seu lado, em Santana, os bombeiros permaneciam em zonas estratégicas do Ribeiro Frio e das Achadas do Teixeira, face ao desenvolvimento das chamas nas zonas mais altas. Por medidas de precaução, o acesso ao miradouro dos Balcões, no Ribeiro Frio, terá sido impedido aos turistas.
O calor intenso que se faz sentir nestes últimos dias e que se prolonga até a segunda-feira como prevê o Instituto de Meteorologia, após o grande incêndio do dia 13 (sexta-feira), tem contribuído para reacendimentos e para a difícil extinção de fogos em zonas inacessíveis.
O alerta amarelo mantém-se até segunda-feira (dia 30), de acordo com a actualização do Instituto de Meteorologia. Uma vaga de calor que persiste com valores elevados de temperatura máxima e que ocorre há mais de oito dias em toda a Região.(JM)
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