A SPEA precisa, urgentemente, de 7.000 euros para ajudar a recuperar o habitat da freira da Madeira, a ave marinha com maior perigo de extinção na Europa e que foi muito afectada pelos incêndios nas serras madeirenses. A campanha foi lançada a 26 de Agosto e decorre até 26 de Setembro. Os donativos podem ser transferidos para o NIB: 0033.0000.00260345382.05
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, (SPEA) acaba de lançar uma campanha para ajudar a recuperar o habitat da Freira da Madeira, a ave marinha mais ameaçada de extinção na Europa, que nidifica nas serras madeirenses e que foi afectada pelos recentes incêndios nas serras.
A campanha decorrerá entre 26 de Agosto e 26 de Setembro e o objectivo da SPEA é angariar 7000€ , a verba necessária para os trabalhos que precisa executar, em colaboração com o Parque Natural da Madeira (PNM). Os donativos podem ser transferidos para o NIB: 0033.0000.00260345382.05.
Segundo a SPEA, a urgência de assegurar essa quantia prende-se com a necessidade de adquirir uma manta anti-erosão, material para criar os ninhos artificiais e remoção de vegetação exótica, equipamento de montanha e assegurar as despesas de pessoal especializado.
A SPEA lembra que, «na última semana a Madeira sofreu incêndios sem precedentes que arrasaram todo o maciço montanhoso central da ilha e cerca de 92% do Parque Ecológico do Funchal. O impacto na flora e na fauna foi devastador, sobretudo para a Freira da Madeira, a ave mais ameaçada da Europa na actualidade».
Diz a SPEA que, na sequência dos incêndios, desapareceram alguns exemplares de espécies vegetais únicas em todo o mundo (ex.: Sorveira Sorbus maderensis) e a ave marinha mais ameaçada da Europa, a Freira da Madeira (Pterodroma madeira) viu desaparecer por completo todo o seu habitat de nidificação.
«As consequências são ainda mais devastadoras para esta espécie protegida, devido ao período de reprodução da mesma, uma vez que é durante o mês de Agosto que nascem as crias e estas estão nos ninhos totalmente dependentes das visitas dos pais», explica a SPEA.
Segundo a SPEA, «após a equipa do PNM ter conseguido aceder com dificuldade aos ninhos, devido à instabilidade dos solos e queda de pedras, foram encontradas 25 crias e 3 adultos mortos e apenas 13 juvenis sobreviventes. O balanço não é de forma alguma positivo e o desafio acontecerá sobretudo no Inverno e na próxima época de nidificação, altura em que a Freira necessita encontrar condições para se reproduzir». (JM)
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