“Acho estranho que, passado dois anos, seja apontado como o desestabilizador e promotor de uma atitude reivindicativa dos colegas do Serviço de Ortopedia”. O médico e ex-director daquele serviço no Hospital do Funchal, Luís Costa Neves, considerou hoje que as acusações do secretário regional dos Assuntos Sociais servem para expiar responsabilidades relacionadas com a “má gestão da Saúde na Região”.
Luís Costa Neves declina qualquer papel na génese do pré-aviso de greve no referido serviço, agendado para os dias 8, 9 e 10 de Novembro.
O antigo director do serviço diz desconhecer os pressupostos da greve, contudo, adianta que, “aquilo (SESARAM e Direcção Clínica) está a ser altamente mal gerido e, o descontentamento, tanto quanto sei, não é só no Serviço de Ortopedia”.
"O Conselho de Administração e a Direcção Clínica são responsáveis por atitudes, que aliás toda a gente fala na praça pública e, a nível hospitalar, nos corredores", avançou Luís Costa Neves. "Não podem falar fora dos corredores porque apanham com processos disciplinares e são transferidos daqui para ali".
Quanto ao período em foi responsável pelo serviço, Luís Costa Neves, é peremptório: “Não houve greves, não havia problemas nenhuns”.
“Evoluímos, produzimos cirurgicamente e produzimos trabalho científico. Todo o serviço trabalhava como um só. Não havia qualquer atrito”, concluiu.
Ao DIÁRIO e TSF-M, o médico demarcou-se da jornada de luta marcada pelo Sindicato Independente dos Médicos, não deixando, contudo, de manifestar apoio aos médicos do Serviço de Ortopedia do Hospital Dr. Nélio Mendonça.
(DN Madeira)
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