quinta-feira, 31 de março de 2011

Milhões para o JM são uma ofensa aos pobres

Padre José Luís Rodrigues pede à Igreja que se distancie do "sorvedouro de dinheiros públicos"

"Os subsídios públicos ao Jornal da Madeira (JM) são um escândalo, uma ofensa aos pobres da nossa terra". A convicção é partilhada hoje pelo padre José Luís Rodrigues no seu blogue 'Banquete da Palavra' onde critica "os milhões desbaratados porta fora para alimentar salários gordos e pretensas crónicas jornalísticas para ofender toda a gente, exaltar um desgoverno regional e um partido político sem sentido nenhum no que diz respeito à Democracia".

No texto que coincide com a publicação pelo DIÁRIO dos números escondidos pela Comissão de Inquérito à Comunicação Social madeirense, o padre salienta serem "escandalosos os argumentos que se aludem para justificar tais subsídios". "Pluralidade de informação. Direito ao contraditório. Combate aos comunas do Diário de Notícias. Entre tantas outras balelas fantasmagóricas que se não fossem patéticas ao invés de nos pôr a rir ponha-nos a chorar de vergonha", escreve no 'Banquete'.

O sacerdote lamenta que a Igreja Católica da Madeira faça parte desta teia. Por isso, "tendo em conta todas as dificuldades que o mundo atravessa e, em particular, a nossa região", entende que a Igreja "devia distanciar-se daquele sorvedouro de dinheiros públicos que tanta falta fazem noutros domínios mais prementes da população da Madeira". "Acho quase indecente que a Igreja Católica da Madeira faça sombra moral de forma tão pacífica ao que se passa com o JM e o Governo Regional da Madeira. É preciso demarcar-se e corajosamente assumir que não pactuamos com um conluio injusto, que viola vários princípios da Democracia e, a consequente, pluralidade de expressão", refere.

DN Madeira

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