Conferência “A Música na História da Madeira”

O auditório do Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA) acolhe amanhã, 27 de Setembro, pelas 18h00, a quinta conferência do Ciclo “A Música na História da Madeira”, uma iniciativa promovida pela Secretaria Regional de Educação e Cultura, através da Direcção Regional de Educação e integrada no programa das comemorações dos 30 anos do Gabinete Coordenador de Educação Artística (GCEA).

“As Sociedades Amadoras na Madeira no séc. XIX” é o tema desta conferência que terá como palestrante Rui Magno Pinto, musicólogo madeirense.

Na abertura do evento serão tocados dois números musicais relacionados com a História da Música na Madeira, por músicos da Banda Municipal do Funchal: Valter Faria (clarinete), Teresa Sousa (clarinete), Rubina Gama (clarinete), Luís Pita (trompete), Rafael Pita (trompete) e Duarte Gama (trombone baixo).

Esta conferência, adianta a organização, versará sobre «a instituição e funcionamento das sociedades amadoras funchalenses, visando iluminar a importância das mesmas face à (quase) ausência dos principaiseventos musicais oitocentistas - ópera e concerto público.

Desde 1836 se identifica a criação de novos espaços de sociabilidade na Madeira, destinados à classe elegante funchalense, onde a música assumia especial atenção: Club União, Sociedade Harmonia, Club Funchalense, Sociedade Filarmónica. A influência deste associativismo na sociedade civil funchalense manifesta-se, no decurso da segunda metade do século XIX, na criação das "filarmónicas", instituições destinadas à música para banda, e dos grupos de palheta».

Rui Magno Pinto é licenciado em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde se encontra a concluir a dissertação de Mestrado"Virtuosismo para instrumentário de sopro em Lisboa (1821-1870)”. É bolseiro do projecto de investigação “O Teatro de São Carlos: as artes performativas em Portugal”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e coordenado pelo Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical. É colaborador externo da Divisão de Investigação e Documentação do GCEA. Concluiu o curso profissional de instrumento em trompete no Conservatório-Escola das Artes (2003).

De salientar que a iniciativa “A Música na História da Madeira” tem como principal objectivo divulgar os resultados das investigações realizadas e permitir simultaneamente a audição ao vivo de alguns dos exemplos musicais recuperados nos últimos anos. Este ciclo será encerrado por Paulo Esteireiro, no dia 13 de Dezembro, com uma conferência dedicada ao tema “A Música nos Bailes do Funchal Oitocentista”.

Todas as conferências realizam-se às 18h00, no auditório do Centro de Estudos de História do Atlântico (Rua das Mercês, n-º 8, Funchal) , e são de entrada livre. (JM)