As entidades proprietárias dos edifícios públicos de Santa Cruz, até agora isentos de Imposto Municipal sobre Imóveis, vão começar a pagar a contribuição autárquica. José Alberto Gonçalves, presidente da edilidade, disse ao DIÁRIO ter tido já uma reunião com João Machado, director regional dos Assuntos Fiscais transmitindo-lhe essa pretensão.
A medida, de acordo com o advogado-presidente visa a obtenção de receita para a autarquia num tempo em que o executivo santacruzense 'rapa a gaveta' e não encontra dinheiro para fazer face às constantes despesas correntes e cuja Conta de Gerência, aprovada em reunião de Câmara e de Assembleia, mostrou uma dívida a fornecedores exorbitante num patamar quase insustentável, segundo a Oposição. Ao ponto dos socialistas locais expressarem que Santa Cruz atingiu os "38, 5 milhões de euros" de passivo, ou seja está em "falência técnica".
De acordo com José Alberto Gonçalves, este é o tempo em que todos os munícipes e empresários estão a ser chamados a colaborar. Para o autarca não se pode desperdiçar qualquer fonte de dividendos. "Fiz sentir essa necessidade solicitando que seja inscrito nas respectivas matrizes do cadastro os diversos prédios. E são muitos", vincou.
O presidente garante também que toda zona da Cancela é uma área sobre a qual pretende venha a breve prazo ser taxada. "Procederemos ao loteamento para que as parcelas possam ser adquiridas e alvo do pagamento do IMI por parte dos empresários", afirmou, convicto que a sua Câmara Municipal irá obter uma receita considerável à conta desta medida.
DN Madeira
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