A secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, reconhece que, seis meses após o temporal de 20 de Fevereiro, a recuperação do sector "tem sido muito lenta" apesar das campanhas promocionais nos mercados nacional e internacional.
"A recuperação tem sido lenta" depois do temporal que fustigou a ilha e a sua imagem turística, reconheceu a governante, embora salientando que "é preciso ter em consideração a crise económica nacional e internacional que subsiste desde 2009 nos mercados emissores de turismo para a Madeira".
"O 20 de Fevereiro vem agravar tudo, é um duro golpe para a Madeira cuja exposição mediática levará tempo a recuperar, no mínimo um ano", reconhece.
A responsável pelo turismo da Madeira lembra que foi preciso de "imediato" encetar junto dos mercados nacional e internacional campanhas para inverter "a influência ditadas pelas imagens de destruição e substitui-las por outras de recuperação e normalização da Região como destino turístico".
No entanto, acrescenta, "a primeira quinzena de Agosto dá algum sinal de recuperação, de crescimento" turístico.
"Vamos continuar com a campanha de mostrar que a Madeira continua bela como sempre esteve e que continua apta a receber os seus visitantes como sempre recebeu mas temos de considerar o cenário de contenção que o país vive", salienta.
"Este ano nunca será um bom ano e o resultado será o possível em termos de dormidas e de rendimento por quarto", admitiu.
Para Manuel Duarte, presidente da seção de Hotelaria da Associação Comercial e Industrial do Funchal, 2010 seria um bom ano turístico "se não fosse aquela desgraça [de 20 de feverero], aqueles três meses que tivemos cancelamentos que nunca mais acabavam".
"Há gente que pensava que o Funchal tinha ficado submerso em lama e que na altura de decidir riscaram a Madeira do mapa, o mercado nacional sabe o que se passou e que agora está diferente mas há ainda quem pergunte como é que aquilo está", salientou.
Segundo a Direcção Regional de Estatísticas, a Madeira, em Abril a região registou decréscimos em relação ao ano anterior nas dormidas nos denominados mercados tradicionais - Alemanha menos 25,3 por cento; Reino Unido menos 21,3 por cento e Portugal menos 2,1 por cento.
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